Nó na Garganta

Existem notícias que nos deixam com um nó na garganta, tamanha é a sua seriedade. No último domingo, assisti a uma reportagem na Record que me deixou com essa sensação: uma vontade de chorar, de sair contando para todo mundo, de espalhar aos quatro ventos... A matéria em questão era um documentário produzido pela BBC a respeito dos escândalos de pedofilia envolvendo padres católicos romanos americanos e em outras partes do mundo, como na Irlanda e no Brasil. Até mesmo o repórter da rede britânica foi vítima de um desses padres, e relembra o fato de maneira muito emocionada, mas bastante corajosa. À medida que os relatos iam se acumulando, fui tomado por uma revolta muito grande. Como pode alguém que se une à Igreja Católica supostamente para falar de Deus e servi-lo perpetrar tão grande barbaridade? A verdade é uma só: tal situação não é novidade para os mais velhos ou para as pessoas do interior, que convivem com situações parecidas há muito tempo, mas nunca tiveram coragem de denunciar os criminosos (não tenho como chamá-los por outra alcunha). Um dado muito importante que impressiona alguém desavisado (não era o meu caso), é que a Igreja, que deveria reta em suas ações, tem lutado para acobertar os pervertidos vestidos de batina, que não são poucos, e recebem acolhimento no Vaticano. O atual papa, Joseph Ratzinger, antes de assumir o posto mais alto da hierarquia romana, era o responsável em esconder ao máximo os casos que começaram a aparecer em grande escala em 2002, nos EUA, por todo o país. Acordos milionários foram feitos para que as vítimas não fossem a público. Os padres acusados eram transferidos para outras paróquias sem jamais enfrentarem a justiça. Paróquias novas, novos abusos.
Como é possível existir uma igreja que acoberte criminosos dentro de suas entranhas? O fato é que a Igreja Católica sempre clamou ser a autêntica Igreja de Cristo, o que a credenciaria como dona e mandatária da verdade e justiça divinas. Como tais atribuições não estão entre suas características, ficamos com a pergunta: até quando acontecerão tais fatos?
EM TEMPO: Não quero nem falar do misterioso caso em que Júlio Lancelotti demora três anos para denunciar uma extorsão se ele era inocente. E de onde veio tanto dinheiro para ceder à extorsão?

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