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Filmes sobre mágicos

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Acabei de assistir a um filme sobre Houdini, um grande ilusionista, conhecido no início do século XX como o "Mestre das Fugas". Trata-se de Atos que Desafiam a Morte, da diretora Gilliam Armstrong, com o bom ator Guy Pearce (de Amnésia e L.A. Cidade Proibida) no papel do famoso mágico. Tendo como antagonista/par romântico a bela Catherine Zeta-Jones, o filme não chega a ser uma obra-prima, mas o ar de melodrama é compensado pelas ótimas atuações, especialmente por Saoirse Ronan, que interpreta a filha de Zeta-Jones, uma médium charlatã que aceita o desafio feito por Houdini: incorporar a mãe falecida do mágico e fazer-lhe dizer suas últimas palavras, conhecidas apenas por Houdini. É um bom filme, que ao menos desperta o interesse da audiência em saber algo mais sobre este que foi um personagem importante da cultura pop, quando esta ainda dava seus primeiros passos. Pode-se dizer que Houdini era um pop star, acompanhado de perto pela mídia mundial (paparazzi, digamos assim), tendo sua imagem em revistas em quadrinhos e em cinejornais. Tem-se em Atos um exemplo menor de como fazer um bom filme sobre mágica.
Mas quem assiste O Grande Truque logo esquece do exemplo acima citado. Este sim uma obra-prima, pronto para surpreender a cada fotograma, sem jamais subestimar a inteligência do espectador, usando de recursos cinematográficos essenciais para trazer à vida imagens inesquecíveis e perturbadoras, com um único objetivo: contar uma boa história. Com Hugh Jackman e Christian Bale como mágicos rivais chegando a ultrapassar todos os limites da rivalidade, o diretor Christopher Nolan criou um espetáculo onde o resultado final é mais do que fumaça e espelhos. Não é um filme sobre ética profissional, mas sobre os sacrifícios que alguém pode realizar para imprimir a marca da perfeição naquilo que faz. Com um final impossível de prever, o que temos é o filme supremo sobre mágica. E sobre mágicos.

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Orquestra dos Meninos

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Nunca postei um texto sobre um filme que ainda não vi. Mas hoje, navegando pela rede me deparei com a notícia de um filme inteiramente rodado em Sergipe, coisa rara para um estado que até então mantinha sua não-política de incentivo a filmagens em seus limites. O filme em questão é Orquestra dos Meninos, de Paulo Thiago, estrelado por Murilo Rosa, Priscila Fantin e Othon Bastos. Trata-se de uma história real, passada em Pernambuco nos anos 80, quando o professor de música Mozart Vieira decide criar em São Caetano, sertão pernambucano, uma orquestra clássica. Tarefa difícil. Como fazer para convencer crianças - cuja preocupação principal é o que vai comer ao meio-dia - da importância da arte na vida? A história de Mozart virou reportagem no Fantástico, o que lhe rendeu uma visibilidade enorme em todo o país, e tocou o coração de Paulo Thiago, que deu início ao projeto oito anos atrás.
No dia 29 de setembro o filme fez sua pré-estréia nacional em Aracaju, o que trouxe todos os astros da produção para a terrinha. Além do elenco global, muitas crianças sergipanas foram selecionadas para participar das filmagens, o que deixa a gente que mora em Sergipe e ama cinema muito orgulhoso. Afinal, não é todo dia que se ouve falar de um filme rodado por essas bandas.
Como não poderia deixar de ser em um filme sobre uma orquestra de música erudita, a trilha sonora é primorosa, tendo sido gravada pelo Quinteto Villa-Lobos, famoso em todo o mundo. As obras de Bach e Villa-Lobos entre outros estão em perfeita harmonia com o clima da trama. O grupo tocou de uma maneira diferente, pois para retratar meninos ainda aprendendo música era necessário interpretar de modo quase improvisado, meio desengonçado. O resultado é peculiar, mas deixa tudo ainda mais poético. Algumas músicas da trilha sonora podem ser ouvidas no site (clique aqui), que tem ainda o trailer e um texto do próprio Mozart Vieira, todo emocionado com a produção.

Enfim, fica a dica de um filme que eu certamente irei assistir no cinema, em Aracaju, como todo sergipano deve fazer. Que outras iniciativas como esta surjam, para que nosso estado seja mostrado em todo o Brasil, quiçá no mundo.

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O Som do Coração (August Rush, EUA, 2007)

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Era uma vez um menino chamado Evan Taylor, que morava em um orfanato sem saber do paradeiros de seus pais. De alguma maneira, August tinha uma espécie de sexto sentido para captar a música que havia ao seu redor. Sem saber exatamente como, era este talento que ele usava para continuar acreditando que um dia reencontraria sua família.
É neste contexto de conto de fadas que somos apresentados ao herói desta pequena pérola que merece ser descoberta pelo público brasileiro. O Som do Coração, dirigido por Kirsten Sheridan, é um filme repleto de clichês, isso é verdade. Mas o elenco é tão inspirado e se entende tão bem que somos levados a acreditar que tudo o que acontece na trama é verossímil, o que nos torna cúmplices até de alguns furos no roteiro. A gente olha e vê que algumas coisas simplesmente não poderiam acontecer na vida real, mas ao mesmo tempo nos sentimos tão tocados pela jornada do protagonista que pensamos: "Vai lá, eu quero que isso aconteça".
Como os pais de Evan, afastados pela vida, Jonathan Rhys-Meyers e Keri Russel (alguém faça dessa menina uma estrela, porque ela merece) parecem ter sido feitos um para o outro. A química (e aqui vai um clichê da resenha cinematográfica) entre eles é impressionante, o que torna este filme mais que uma fábula sobre a música, mas uma linda história de amor.
À medida que acompanhamos Evan (depois chamado de August Rush), vamos encontrando o maravilhoso elenco reunido: Terrence Howard, como o assistente social que quer ajudar o menino, Robin Williams - o músico de rua que explora crianças carentes mas talentosas, e até o sumido Bubba de Forrest Gump (lembra dele?), Mykelti Williamson, no papel de um reverendo que matricula August na prestigiada escola de música Juilliard.
Em suma, o que temos é um belo filme, uma bela trilha sonora e uma história que envolve o espectador e faz com que aceitemos todos os clichês, pois são bem usados e trazem muita emoção, coisa rara hoje em dia.

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Louvando em meio à tribulação

Durante a minha vida tenho me deparado com situações adversas as mais diversas. Momentos de ansiedade exagerada, dias inteiros tomados pela culpa, aflições geradas pelo pecado. Mas a cada dia tenho aprendido que Deus é misericordioso para fazer com que dias assim tornem-se dias vitoriosos, repletos de bênçãos e vida. Não é fácil permitir que tempos difíceis transformem-se em tempestades passageiras, mas o trabalho não é nosso! Porque é Deus quem faz tudo em nosso lugar. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade."  (Filipenses 2 : 13)
Lembro-me da passagem de Atos 16, na qual Paulo e Silas são presos e acorrentados pelos pés, mas ainda assim, lá pela meia-noite, entoam louvores ao Senhor, como se nada estivesse acontecendo, apenas confiando que o Senhor está no controle. E o resultado é imediato! No versículo 25 eles começam a cantar, e no 26 um terremoto quebra todas as cadeias! O carcereiro, desesperado porque acha que todos os prisioneiros irão fugir, tenta se matar (era vergonhoso para um carcereiro ver que os presos sob sua responsabilidade fugiram), antes que matem toda a sua família. Mas Paulo e Silas não apenas não fogem como nenhum dos encarcerados com eles. O carcereiro recebe Jesus como salvador, e no dia seguinte os apóstolos são libertados. É Deus agindo com toda a sua sabedoria, mostrando que nada foge à sua vista!

Mas é importante lembrar que NADA mesmo! Nem o pecado, nem o bem ou o mal. Mas eis que vem uma chance de consertar tudo: "MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo."  (I João 2 : 1)
Deus é fiel! Comigo e com você! Amém?

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