1

Vem aí: Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton

Marcadores: , ,

O jornal USA Today divulgou hoje as primeiras imagens do novo filme de Tim Burton, nada menos que a adaptação da obra de Lewis Caroll, que ficou mundialmente conhecida graças à adaptação animada que Walt Disney realizou em 1951. Novamente é a própria Disney que está bancando a produção. As imagens são de um deslumbre único, mas que mostram bem de quem é a direção da obra. Toda a beleza onírica e envolvente característica dos filmes de Tim Burton é potencializada aqui. Ainda é cedo para fazer previsões, mas acredito que este será uma fantasia de primeira.







Aproveitando, o jornal também divulgou a sinopse: Alice (Mia Wasikowska), ao 17 anos, vai a uma festa vitoriana e descobre que está prestes a ser pedida em casamento perante centenas de socialites. Ela então foge, seguindo um coelho branco, e vai parar no País das Maravilhas, um local que ela visitou há dez anos mas não se lembrava.

Alice no País das Maravilhas é, ao lado de Frankenweenie, um dos dois projetos do diretor com o Walt Disney Studios que serão exibidos em 3D. Mia Wasikowska, Johnny Depp, Alan Rickman, Matt Lucas, Michael Sheen, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Crispin Glover, Christopher Lee e Eleanor Tomlinson formam o elenco. O filme estréia em 5 de março de 2010.

Onde eu compro o ingresso?

0

Era uma vez...

Marcadores: , , , ,


O cinema feito no Brasil nos últimos 10 anos tem retratado com bastante frequência a realidade das favelas urbanas. Desde que Fernando Meirelles colocou esses aglomerados de casas humildes e barracos no mapa cinematográfico mundial com Cidade de Deus todo cineasta quer ter sua fatia de "contribuição" na divulgação de uma comunidade muito diferente do que se vê no asfalto, com leis e até um sistema financeiro e moral próprios. De Cacá Diegues (Orfeu e O Maior Amor do Mundo) a Bruno Barreto (no criticado Última Parada: 174), filmar no morro virou moda. Mas não dá para dizer que isso é algo negativo, uma vez que a favela faz parte da vida de todo mundo que mora em uma grande cidade, direta ou indiretamente. Isso ficou bem claro no fenômeno pop Tropa de Elite, que mostra jovens de classe média usuários das drogas que são vendidas pelos traficantes, que consequentemente abastecem seu arsenal com o dinheiro das vendas. Não tem como escapar dessa realidade.
Mas mesmo com tal proximidade tão clara ainda permanece um distanciamento latente entre os moradores do asfalto e as comunidades do morro (note que quem mora no asfalto é "morador", mas quem vive na favela é "comunidade"). Este afastamento é o que move a história de Era Uma Vez..., novo filme de Breno Silveira (Dois Filhos de Francisco). Dé (Thiago Martins) é um jovem morador do Morro do Cantagalo que trabalha em um quiosque na praia de Ipanema. Em frente ao quiosque vive Nina (a estreante Vitória Frate), uma menina órfã de mãe que está precisando de uma razão para viver. Há tempo que Dé observa Nina quando ela aparece na janela de seu imenso apartamento. Numa dessas situações tramadas pelo destino, os dois acabam se conhecendo e se apaixonando.
Mas o filme, assim como a vida, não traz soluções fáceis nem finais felizes. Afinal, o que se tem nesta trama é uma espécie de Romeu e Julieta no Rio de Janeiro, uma cidade que se encontra partida, dividida, rachada. À medida que os minutos passam o espectador vai percebendo que não terá seu final hollywoodiano, cheio de saídas e salvações de última hora. E a obra de Breno Silveira vai se mostrando consistente, verossímil, uma história de amor tocante e trágica, mas acima de tudo, uma mensagem da necessidade urgente do nascimento de uma sociedade mais justa, tolerante e que ofereça oportunidades a todos, sejam do morro ou do asfalto.

3

A Troca

Marcadores: , ,


Clint Eastwood já escreveu seu o nome na história do cinema como ator em filmes como Dirty Harry na Lista Negra e As Pontes de Madison. Como diretor, entretanto, ele se destacou ainda mais, ao realizar alguns dos filmes americanos mais importantes das últimas duas décadas. São dele, por exemplo, o já mencionado As Pontes de Madison, o clássico do western Os Imperdoáveis, o drama de boxe e eutanásia Menina de Ouro e os recentes libelos contra a guerra A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima.
São muitos filmes marcantes e de temáticas variadas. Este A Troca, estrelado por uma Angelina Jolie em sintonia com sua personagem, não poderia deixar de ser igualmente emocionante. Ao contar a história de uma mãe solteira (Christine Collins) que em plena década de 20 tem seu único filho misteriosamente desaparecido e empreende uma busca incansável para revê-lo, Eastwood insere definitivamente seu nome no panteão dos maiores cineastas da história.
O drama, que vai muito além do caso de desaparecimento ao revelar a corrupção do departamento de polícia de Los Angeles, tem momentos inesquecíveis, como o devastador momento em que é revelado tudo o que poderia ter acontecido com o filho de Christine Collins. Com um clima de filme noir "ensolarado" (podendo ser comparado ao clássico Los Angeles - Cidade Proibida), o diretor arrebata a audiência de tal maneira que nem percebemos que ao final da projeção mais de duas horas se passaram.
Filmaço que merecia muito mais do que aplausos. Merecia Oscar.

Posts relacionados

Related Posts with Thumbnails