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Akinator: ele adivinha tudo!

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Ontem fui apresentado a um dos sites mais interessantes e viciantes que tenho notícia nos últimos tempos: Akinator. Trata-se de um software que simplesmente adivinha o nome do personagem (real ou fictício) que está na sua mente. É fantástico!
O jogo usa de perguntas variadas (no máximo 20) para chegar até a resposta. E quando vem a resposta, você não acredita.
Claro que às vezes ele erra, mas isso se deve ao fato de o site não ter em seu banco de dados o nome de todos os personagens existentes. Ainda assim, a capacidade de armazenamento de nomes e características do jogo é impressionante.
Comigo, ele acertou Max Lucado (escritor) e Scarlett O'Hara (aquela de ...E o Vento Levou), mas não conseguiu acertar Caspian (As Crônicas de Nárnia) nem Jean Grey (dos X-Men).
É diversão garantida e o difícil é adivinhar que horas você vai conseguir parar de brincar!

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O Filho de Rambow

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Alguns filmes devem ser vistos sem que se saiba nada a respeito de sua trama. Assim a experiência fica mais surpreendente para o bem ou para o mal, e não se cria expectativas que poderiam ser frustradas.
O Filho de Rambow (Inglaterra, 2008), do diretor Garth Jennings (O Guia do Mochileiro das Galáxias), é um belo exemplo de um filme que eu assisti sem saber nada a respeito anteriormente, a não ser o fato de ter sido um sucesso do cinema independente inglês.
Com uma bela história semi-autobiográfica passada nos anos 80, o filme fala da amizade relutante nascida entre Will Proudfoot e Lee Carter, o primeiro vindo de uma família extremamente religiosa, com hábitos que o impedem de assistir tevê; e o segundo, um menino solitário, que vive longe da mãe e com um irmão que ainda não aprendeu a linguagem do afeto.
Quando os dois se unem para fazer um pequeno filme chamado de O Filho de Rambow, surge um relacionamento dos mais interessantes no cinema recente; uma amizade curiosa, que vai passar por duras provas para prosseguir existindo.
Uma obra sobre o amadurecimento, a transição da infância para a vida adulta, mas também sobre romper com tradições e seguir seu próprio caminho.
Se no fim da história você pode acabar se emocionando, é porque a gente se pega pensando em algum amigo de infância, alguma peripécia realizada nessa época. Ou porque simplesmente sente saudades de um tempo mais inocente, mais livre.

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Homenagens para todos!

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Acompanhando a cobertura jornalística do Festival de Gramado deste ano, encontro a notícia que me deixou no mínimo surpreso. A apresentadora Xuxa Meneghel foi homenageada pela organização do festival em reconhecimento aos 15 filmes estrelados por ela em toda a carreira.
Emocionada, a pretensa "Rainha dos Baixinhos" declarou: "Sou povo. Sou suburbana. Nunca imaginei que pudesse chegar aqui. Fico feliz que os preconceitos tenham sido superados e por nunca ter perdido a simplicidade do meu coração. Não me arrependo de dizer que sou loura, sou povo e sou vencedora".
Curiosa essa homenagem, já que os filmes da Xuxa representam tudo de ruim que o cinema brasileiro derrama diante do público todo ano. Ao fazer verdadeiros filmes-propaganda, Xuxa nem mesmo é chamada de atriz quando alguém se refere a ela. Com cenas constrangedoras, diálogos inexistentes, tramas que podem ser resumidas em duas linhas e produções caras com efeitos capengas, cada um dos filmes de Xuxa ainda conseguem números expressivos em relação à bilheteria. Xuxa e os Duendes, por exemplo, fez tanto sucesso que ganhou uma sequência um ano depois. Mas o filme mais bem sucedido de sua carreira foi sem dúvida Lua de Cristal, aquele da Sessão da Tarde, assistido por cinco milhões de pessoas, tendo ficado meses em cartaz, numa época em que a pirataria ainda não existia e os cinemas de bairro ainda funcionavam.
Se "preconceitos" foram quebrados, como disse Xuxa, então foram preconceitos contra filmes ruins, sem alma nem permanência cultural, concebidos por pessoas cujo interesse é unicamente aparecer no cinema para massagear seu ego.
O que debato aqui são os critérios para se homenagear alguém em um festival de tanta importância para o cinema nacional como é Gramado. Se fazer filmes é por si só razão para reconhecimento, então que se premie a carreira de Simão Martiniano, camelô pernambucano que produzia seus filmes de ação com trocados e os vendia em sua barraca. Pensando bem, até que seria uma boa ideia premiá-lo. Afinal, seus filmes eram muito mais verdadeiros e sinceros que qualquer Requebra que apareça por aí.

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Um Ato de Liberdade

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Um dos temas mais explorados pelo cinema em todos os tempos é a II Guerra Mundial. Inúmeros filmes já foram feitos, retratando os campos de batalha, os sobreviventes, mostrando os vários lados desta que foi uma das maiores guerras de todos os tempos já travada pela humanidade.
Mas o que me deixa surpreso é que mesmo depois de tantos filmes, uns bons outros péssimos, os produtores, roteiristas e diretores ainda encontram novas histórias, relatos nunca filmados, testemunhos inéditos sobre heróis e pessoas comuns que viveram para contar suas experiências com a guerra.
Um Ato de Liberdade (Defiance), do diretor Edward Zwick (Diamante de Sangue, O Último Samurai), conta uma dessas histórias, ocorrida na Bielo-Rússia (hoje chamada de Belarus) invadida pelas tropas de Hitler. O filme relata como os irmãos Bielski conseguiram salvar mais de 1200 judeus da morte ao se esconderem nas fechadas florestas daquele país. Eles construíram casas, escola, hospital e até uma creche na floresta, enquanto aguardavam a guerra terminar e poderem retomar suas vidas. É um bom filme, que conta com um elenco interessante e muito afinado: Daniel Craig (o novo James Bond em uma atuação marcante), Liev Schreiber (que esteve em Sob o Domínio do Mal) e Jamie Bell (Billy Eliott).

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Rio Congelado

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Há lugares dos Estados Unidos que nunca conhecerei. Estou certo que mesmo se um dia visitar este país tão filmado e propagado através de Hollywood, ainda assim nunca visitarei certos locais. E um desses locais é quase um dos personagens principais de Rio Congelado, um drama independente que se passa na reserva dos índios Mohawk, entre o estado americano de Nova York e o estado canadense de Quebec.
Ray Eddy (Melissa Leo, indicada ao Oscar 2009) é uma heroína fora dos padrões do que se espera de uma protagonista. É pobre, trabalha em uma loja que não lhe dá oportunidade de crescer, e para piorar é casada com um viciado em apostas que fugiu de casa uma semana antes do natal e levou todo o dinheiro que ela havia juntado para comprar a tão sonhada casa pré-fabricada e poder dar uma vida mais digna aos dois filhos.
Dentro da reserva Mohawk, Lila Littlewolf (a excelente Misty Upham) é uma jovem mãe que teve seu único filho tomado de si pela ex-sogra, e agora vive em um trabalho medíocre, lutando para conseguir seu menino de volta. Quando surge a oportunidade, ela também transporta clandestinamente imigrantes para dentro dos EUA através da imensa reserva indígena, uma área não vigiada e cortada por um rio que no invervo fica inteiramente congelado, possibilitando travessias perigosas e criminosas como estas.
O modo como essas duas mulheres se encontram e desenvolvem uma discreta relação de cumplicidade é o mote central deste filme que é uma verdadeira pérola para quem está em busca de emoções genuínas e paisagens diferenciadas, longe dos grandes centros urbanos. Um retrato de um mundo desconhecido como este merece ser visto e visitado, ainda que apenas através da câmera da diretora Courtney Hunt, em sua estreia no cinema. Uma estreia bastante promissora, devo dizer.

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O Guia do Mochileiro das Galáxias

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Quando eu gosto de um filme, isso é mais do que um simples "gostar". É uma espécie de cumplicidade que se adquire com o filme. Fico querendo que todos assistam, que mais pessoas passem pela mesma experiência e quem sabe se apegue a ele como aconteceu comigo. No caso de O Guia do Mochileiro das Galáxias, o que houve foi imediata empatia com uma obra tão estranha e diferente quanto divertida. Trata-se de uma adaptação da obra de Douglas Adams, que a princípio era um programa da rádio BBC de Londres e depois veio a tornar-se uma bem sucedida série de livros, traduzida para inúmeras línguas e que arrebatou o coração de milhares de fãs em todo o mundo.
Quando eu li o livro, por várias vezes me peguei rindo sozinho em lugares públicos, influenciado pelo texto irônico e ágil usado por Adams para contar a história de um inglês comum chamado Arthur Dent, às voltas com a iminente demolição de sua casa. É que um desvio será construído e passa justamente pela sua humilde residência. Mas essa será a menor de suas preocupações, já que o próprio planeta Terra está para ser demolido por uma raça de burocratas alieníginas chamados de Vogons. Tudo para construir um desvio intergaláctico.
Graças à amizade que fez com um alienígina chamado Ford, Arthur consegue escapar e passa a ser o último homem vivo do universo. A partir daí, ele viverá uma sucessão de aventuras (e desventuras) no imenso espaço, sendo conduzido por um livro chamado de Guia do Mochileiro das Galáxias.
Cheio de situações absurdas e com um roteiro rápido e esperto, O Guia se mostra uma comédia acima do padrão médio dos outros exemplares feitos nos EUA e alcança o status de cult, que mistura ficção científica, filosofia, religião, política e toalhas (sim, toalhas) em único e excelente filme.
Apesar de tudo isso, eu não recomendaria a obra para qualquer pessoa. Isso porque não é um filme de fácil compreensão para quem está acostumado com a profusão de paródias e comédias românticas descartáveis cuspidas nos cinemas todos os anos. Se sua comédia favorita é Todo Mundo em Pânico ou As Branquelas, passe longe deste filme. Você não vai gostar. Acredite em mim.

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Um compositor em estase

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Já compus algumas canções. Algumas delas eu gosto bastante, outras nem lembro mais. Compartilho isso porque não tenho escrito muitas canções ultimamente; na verdade, não tenho escrito nenhuma. E isso me deixa um tanto frustrado, já que sei que possuo algo dentro de mim querendo ser expresso, coisas que tenho aprendido e quero dividir com outros, lições que têm me marcado profundamente e me transformado, e que sinto a necessidade de passar adiante. Se farei isso por meio de músicas, não sei. Mas definitivamente, essa é a melhor maneira. A maioria dos versículos bíblicos que hoje sei de cor, aprendi com canções. Lembro-me de textos inteiros, graças a melodias de adoração. E muita coisa eu também coloquei em canções.
Mas agora mesmo tenho em mim um anseio de fazer algo. Mas estou em uma etapa da minha vida que se assemelha àqueles filmes de ficção científica, onde alguém é congelado para anos depois ser despertado para iniciar uma nova vida. Esse estágio de congelamento é chamado de estase. Vejo-me em um momento assim. Sou um compositor em estase, como se minha criatividade estivesse aguardando o momento certo de criar algo, de musicalizar o que sinto, o que tenho vivido, o que quero viver.
Coisas me vêm à mente... palavras, sensações, perfumes, tons. Sei que cedo ou tarde a canção virá. Enquanto não vem, deixo uma das minhas canções favoritas:

Só o amor ficará
Já passei da morte, alcancei a vida
Porque aprendi o que é o amor
Se a gente ama, fica fácil ser feliz
Conhecer a Deus é viver o amor

O homem fere, trai e ainda ri
Mas o amor transforma e restaura

Ainda que eu falasse dos homens a linguagem
Se eu entendesse o bate papo dos anjos
Se eu profetizasse
Se os dons se manifestassem
Não passariam de leves folhas de outono
Mas se a Cristo eu me entregar
O amor se manifestará
Que passe a fé e a esperança
No final só o amor ficará
No final só o amor ficará


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O Fazendeiro e Deus

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Em determinado momento do filme O Fazendeiro e Deus (Faith Like Potatoes),o protagonista Angus Buchan diz: "Eu não temo tanto a violência de poucos como temo o silêncio de muitos." Esta é uma das muitas frases lindas a respeito de coragem, determinação e principalmente fé que permeiam este pequeno mas poderoso filme sul-africano de 2006 que conta a história de Angus e sua família, ele herdeiro de uma fazenda na Zâmbia, mas que se muda para a África do Sul fugindo de conflitos entre fazendeiros e nativos negros.
E é no belo país da África do Sul que Angus tem um encontro tremendo com Deus, que o faz repensar todo o seu caráter e transformar toda a sua vida. Milagres começam a acontecer em sua fazenda e ele resolve contar as bênçãos a todas as pessoas, tornando-se um pregador da Palavra que já percorreu todo o continente africano e outras partes do mundo.
Com uma fé simples mas eficiente, exatamente como deve ser a fé, Angus mostra como alguém pode fazer a diferença simplesmente crendo em Deus e entregando seu destino a ele. Permeado por tragédias e alegrias, fracassos e sucessos, Angus Buchan e sua família nos ensinam que o segredo de uma vida feliz é a total - e por vezes louca - confiança em Deus.


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