Apenas o Fim

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Vencedor do prêmio do público no Festival do Rio 2009, Apenas o Fim é um filme pequeno (em tamanho e orçamento) que fala do fim de um relacionamento de maneira leve e poética, sem jamais deslanchar para a pieguice tão comum nos filmes românticos. Erika Mader e Gregório Duvivier vivem um casal estranho que ,em sua última conversa como namorados, falam sobre os mais variados assuntos imaginados, desde Os Cavaleiros do Zodíaco a crenças populares. Tido pelos críticos como o retrato de uma geração, o filme de Matheus Souza, que também produz e escreve o roteiro, é na verdade o trabalho de conclusão de curso do cineasta na PUC-RJ. E logo no primeiro longa-metragem, Matheus demonstra muito talento e maturidade, com um roteiro enxuto e envolvente, defendido com muita naturalidade por seu casal protagonista.
Com influências claras de Nick Hornby (Alta Fidelidade), Kevin Smith (O Balconista) e Cameron Crowe (Quase Famosos), Matheus conta uma história que é de fácil identificação pela geração que viveu os anos 90 e foi influenciada pela cultura pop.
Não dá para não se achar parte da história quando o casal discute quem seria o melhor Power Ranger - o Tommy, porque sempre ficava com a Ranger Rosa - ou se Transformers é ou não o melhor filme de todos os tempos.
Apenas o Fim é também romântico, ao retratar a incerteza da vida diante de uma mudança tão brusca, trazida pelo fim de um relacionamento. É metafísico, ao colocar em cena a filmagem de um longa exatamente igual o que estamos assistindo. É pop e jovem, e até engraçado em certos pontos. Não é apelativo em nenhum momento, e  não deixa de ser marcante para quem o assiste.
Faço minhas as palavras de Marcos Vinícius de Medeiros, em sua crítica do publicada no Omelete: "Matheus Souza falou por toda uma geração. E que este não seja, como sugere o título, Apenas o Fim, mas sim o começo."

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